terça-feira, 10 de maio de 2011

Alagoas melhora posição na redução da mortalidade infantil, atesta Ministério da Saúde

Qua, 01 de Dezembro de 2010 21:13 Fernando Valões

Estado sai da primeira para a sétima posição nos índices da mortalidade nas regiões Norte e Nordeste.
Ações do Estado em parceria com os municípios têm surtido efeito no combate à mortalidade.
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (MS) mostra que a taxa de mortalidade infantil de Alagoas em 2008 é bem inferior à divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a busca ativa realizada há dois anos, através do Sistema Informações sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, a taxa passou para 20,38 para cada mil nascidos vivos, contra 46 apresentada pelo IBGE. Os dados são referentes a crianças com idades entre 0 e 1 ano.

O estudo do Ministério da Saúde, com foco nos 17 estados das regiões Norte e Nordeste, revela ainda que Alagoas saiu da primeira para a sétima posição no ranking da mortalidade infantil, nessas regiões. Na avaliação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), os dados do MS são resultados das ações e do trabalho integrado entre Estado e municípios.

"Ainda não é motivo para comemoração porque o ideal seria que nenhuma criança morresse, mas não podemos deixar de registrar que Alagoas não é mais o primeiro no Norte e Nordeste em mortalidade infantil. Isso revela também a importância das ações, investimentos e trabalho em parceira dos governos estadual e municipal", ressalta Sandra Canuto, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde.

Ela explica ainda que, em 2008, o Ministério da Saúde realizou uma busca ativa, em conjunto com os estados, com o objetivo de melhorar a qualidade da cobertura do SIM e Sinasc nessas duas regiões. A cobertura de notificação do SIM atingiu 92,8%, enquanto que o Sinasc ficou em 93,2%, atendendo aos parâmetros aceitáveis do Ministério da Saúde.

Segundo a superintendente, a correção feita nesta pesquisa comprova que os números do Ministério da Saúde estão muito próximos dos obtidos pelo Estado. Em relação aos dados do IBGE que divergem com os números do MS, ela informou que eles são obtidos por meio de projeção e estimativas, enquanto os dados do Ministério da Saúde são registrados através de busca ativa realizada em cartórios, maternidades e cemitérios clandestinos.

A busca ativa continua sendo realizada em Alagoas, conforme destacou Sandra Canuto, para 2009, com a finalidade de melhorar a notificação no sistema e as taxas sempre calculadas de forma direta, consolidada com o SIM e o Sinasc.

O resultado apresentado é consequência das ações realizadas pelo governo do Estado, com a realização de fórum de sensibilização de gestores municipais, capacitação para melhoria da vigilância de óbitos nos 102 municípios alagoanos, ampliação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e Unidade de Cuidados Intermediários (UCI).

Também foram realizados investimentos por meio dos programas Prosaúde e Promater, distribuição com os municípios de cestas nutricionais para gestantes desnutridas, implantação do Samu Neonatal terrestre e áereo, capacitações e treinamentos para os profissionais de saúde, principalmente os que atuam no Programa Saúde da Família (PSF).

Sandra Canuto finaliza assegurando que o governo do Estado, por meio da Sesau, e os municípios vão continuar intensificando, nos próximos anos, as ações e investimentos na área da saúde, visando a redução da mortalidade infantil em Alagoas.


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